Estafilococos são um gênero de bactérias Gram-positivo, com forma de cocos que podem causar doenças no ser humano, sendo um dos mais comuns patógenos do homem. O estafilococos têm forma esférica (são cocos), cerca de um micrômetro de diâmetro, e formam grupos com aspecto de cachos de uvas (staphylé é a palavra em grego para cacho de uvas). Após coloração por técnica de Gram, adquirem cor arroxeada ao microscópio óptico.
Os estafilococos existem na pele de todas as pessoas, geralmente estirpes pouco virulentas (coagulase-negativas), embora freqüentemente existam também Staphylococcus aureus não patogênicos. Por vezes existem também no intestino e trato urinário. Destruídas por desinfetantes, sabão e altas temperaturas. Resistem bem à desidratação, durante longos períodos. Passam de pessoa para pessoa pelo contato direto ou com objetos. Feridas e outras aberturas na pele, estados de debilidade, cirurgias e doenças graves podem levar um microorganismo inicialmente inofensivo a se transformar em invasor, ou seja, patogênico.
As principais patologias causadas pelos Staphylococcus são:
- mastite bovina ;
- otite externa em cães ;
- doenças sistêmicas potencialmente fatais ;
- infecções cutâneas (piodermites) ;
- infecções oportunistas ;
- doenças das vias urinárias ;
- endocardite ;
- gastroenterites .
A bactéria se reproduz com facilidade apenas em alimentos ricos em nutrientes à base de ovos, leite, carnes e açúcar. As intoxicações ocorrem normalmente em alimentos como laticínios: queijo frescal, creme de leite, chantilly, leite; produtos de confeitaria: tortas recheadas, creme de ovos, etc.; produtos de carne como presunto. Sua origem é a matéria prima ou o manipulador de alimentos. Habita a pele de animais e humanos, assim como as fossas nasais. Pode chegar ao alimento através do animal ou pelo contato com humanos.
A toxina formada não é destruída pelo cozimento; uma vez formada no alimento esse pode causar intoxicação mesmo após o processo, embora o microrganismo seja destruído.
A doença se caracteriza basicamente por vômitos intensos que se iniciam cerca de 2 h após a ingestão de alimentos com a toxina e duram algumas horas. Em geral o paciente se recupera sem maiores conseqüências, mas pessoas vulneráveis como bebês, idosos e pessoas debilitadas podem apresentar conseqüências mais graves.
A prevenção se baseia em higiene pessoal: lavar as mãos com sabões desinfetantes, e uso de álcool; uso de máscaras, luvas e gorros pelo manipulador de alimento para evitar a contaminação dos alimentos; e o uso de refrigeração adequada durante todo o processamento de alimentos. A temperatura de refrigeração deve ser sempre mantida inferior a 7°C.