sexta-feira, 29 de julho de 2011

Acinetobacter

 
     É uma bactéria gram-negativo pertencente a um grupo de microrganismos comensais, de baixa virulência, que existem no homem e no ambiente. No homem geralmente coloniza pele e intestino.

 
     São encontradas frequentemente no solo, na água, em superfícies secas e possivelmente em mãos contaminadas de profissionais de saúde que estão em contato com pacientes.
     A grande importância desta bactéria está associada ao seu perfil de resistência a antibióticos, que dificulta o tratamento.
    Acinetobacter baumannii geralmente desenvolve resistência aos aminoglicosídeos, beta-lactâmicos e fluorquinolonas, e costuma ser sensível apenas aos carbapenêmicos por sua grande aptidão em sobreviver e se adaptar a condições adversas.
     Outro fator de importância clínica, apesar da sua baixa virulência, está no seu envolvimento em processos infecciosos nosocomiais, em unidades de pacientes grandes queimados, unidades de terapia intensiva e principalmente pacientes em uso de ventilação mecânica.
     Os sítios de infecção mais comuns são trato respiratório, sangue e urina. Nos EUA 2% das infecções de corrente sanguínea e 6% das pneumonias são causadas por Acinetobacter. Na Europa é o patógeno mais comum nas infecções de corrente sanguínea. No Brasil é comum estar envolvido em surtos nosocomiais, É patógeno envolvido em pneumonias associadas à ventilação mecânica e em queimados.


    Acinetobacter pode sobreviver em superfícies secas por 25 dias. Muitos artigos reportam surtos causados por esta bactéria nos hospitais de todo mundo. Estes têm sido associados à contaminação de equipamentos de ventilação mecânica, colchões, umidificadores e uso indiscriminado de antibióticos.

     O tratamento da infecção por esse patógeno deve preferencialmente ser guiado por antibiograma e análise do padrão de resistência de cada cepa.

     Dentre das medidas de controle das infecções causadas por este patógeno estão:
- Intensificação das medidas de precauções padrão – Higienização das mãos;
- Adoção de precaução de contato para pacientes infectados/colonizados durante toda a internação;
- Desinfecção ambiental: as superfícies devem ser limpas diariamente e sofrer desinfecção com álcool 70%;
- Educação continuada: informação e capacitação dos profissionais.

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